terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Medo?

Não sei se lhes posso chamar amigos. Àqueles que passam comigo dias inteiros, que sabem cada segundo do meu dia, do meu respirar... Que embora não estejam aqui presentes fisicamente, nunca me abandonaram nestes quase 3 anos, todos os dias...

Sim, amigos. Demasiado importantes.

Sabem quando sentem que têm algo tão tão bom que nunca querem que se acabe? E que sabem que é quase inevitável o seu fim? Pois eu sinto isso, estamos a afastar-nos cada vez mais e nada é igual. Perderam o interesse, perdemos o interesse uns nos outros.

E vão escapando, um a um, como se se fossem desligando aos poucos daquilo que nos une. E não os quero perder. E tenho medo.

E se os perder? E se volta o vazio intenso da minha vida? Um murmúrio do vento na janela, às tantas da madrugada, que não me deixa dormir. Um aperto na garganta que não me deixa respirar. Um sem fim de emoções que não consigo entender ou explicar.