sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Dá-me um abraço. Pede-me que esqueça o mundo todo, lá fora e cá dentro, que eu esqueço. Diz-me que está tudo bem ou que vai ficar tudo bem, que não tenha medo porque não há perigo de ficar sem alma. Ou há?
Diz-me: porque me apetece o silêncio, ao mesmo tempo que me apetece o barulho da rua? Porque me sinto perdida num tempo que não é nem passado, nem presente, nem futuro? Porque quero sonhar mas estar acordada? Porque quero ser ar e água e fogo e vento?

(Nada disto faz sentido.)

Quero tanta coisa que não posso… Quero tanta coisa, que não sei o que quero.
Abraça-me. Acolhe-me nos teus braços como se fosse uma criança. Deixa-me chorar no teu ombro…

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