quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Tempo

Não consigo evitar, pensar em coisas que não devo. Daquelas que me fazem sofrer e que nunca vão embora. E depois choro e grito por aqui. Encho a casa, vazia, de lágrimas e murmúrios que ninguém ouve, que ninguém quer saber.

O tempo passa e nós estamos na mesma. (Ou mudamos mais rápido que o próprio tempo?)
O tempo passa e estamos parados no mesmo fio de cabelo, no mesmo pormenor da face, da boca, dos olhos. Estamos presos a uma imagem que já não existe.
Se calhar, o tempo não passa e somos nós que andamos com pressa!

Sinto tudo como se fosse ontem. Ou como se não tivesse acontecido. Uma espécie de dormência que dura dias, meses, anos. A mesma dormência que me impede de pensar com clareza...

Tenho a visão turva e escorre uma lágrima, seguida de outra e mais outra... SIM, tenho dias tristes, como todos os outros. Mas não deixo de ser forte só porque me livrei da armadura por uns minutos.
Agarro num lenço e limpo as lágrimas. Já passou...

Sem comentários:

Enviar um comentário